quinta-feira, 26 de julho de 2012

Apenas

Era tarde quando encontram-se naquele domingo. Enquanto o sol começava a se pôr, os sorrisos começavam a despontar. O carro tornava-se o aconchego da presença, da companhia. Os olhos cruzaram-se num movimento rápido dos segundos. Estavam ali somente em corpos. As almas há tempos que cruzaram-se. Entre um sorvete e outro, seguiram de encontro ao mar. O mar representava em uma metáfora a imensidão do coração, que vivia em constante ressaca, que buscava dia a dia a liberdade. O barulho das ondas quebrava o silêncio que perdurava. Num instante, as mãos tocaram-se e o toque gélido, caloroso, exalava desejo. Nesse instante, pertenciam-se um ao outro.
As mãos corriam pelas costas com a força de um leão feroz, rasgando e deixando as marcas do desejo. As bocas em beijos ardentes, vibrantes, encontravam-se. Os olhos buscavam o nada. A cama tornou-se, enfim, a hipérbole de uma paixão. Eram, apenas, homens. Amores.

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